A vacinação e a retomada da economia

27 de junho de 2021

Faz pouco mais de 5 meses, desde a data em que a enfermeira Mônica Calazans inaugurou a vacinação no país. Desde então, foram definidas algumas metas e a expectativa traçada pela maioria dos gestores públicos é que toda a população adulta seja vacinada até o fim de setembro, com a primeira dose da vacina contra a covid-19.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, a economia foi impactada de forma expressiva. As empresas precisam adaptar o seu regime de trabalho ao home office, também houve fechamento das vagas de trabalho e, consequentemente, aumento na taxa de desemprego do país. Diante desse cenário, economistas e cientistas políticos apontam que a solução para a retomada do cenário econômico, é a imunização em massa.

Para entender melhor esse cenário, continue a leitura do texto!

SINAIS DE RECUPERAÇÃO

Após o início da aplicação das vacinas no país, a Bolsa de Valores, com o Ibovespa, deu sinais de melhora com a valorização de 8%, no período correspondente a 1 de maio até 18 de junho. Apesar do entraves políticos e logísticos para a distribuição das doses, que coloca os Estados em diferentes fases de vacinação, a reabertura econômica é uma perspectiva que está cada vez mais próxima.

Durante o ano passado, vários setores tiveram perdas, por outro lado serviços de tecnologia e e-commerce, impulsionados pelo isolamento, tiveram avanço de mais de 40% de acordo com o levantamento feito pela Economatica para o E-Investidor, entre 21 de fevereiro a dezembro de 2020.

No entanto, com a expectativa do final do isolamento, setores que estavam no vermelho, como o aéreo e shoppings, já registram altas de até 17%. Além dos desafios da vacinação, a pandemia ainda abriu alguns riscos que podem representar um empecilho para o mercado econômico. O avanço da inflação além do teto previsto e a alta nos preços pode representar uma preocupação para vários setores.

VACINAÇÃO

O Governo Federal firmou em março deste ano contrato para a aquisição de 138 milhões de doses de vacinas produzidas pela Pfizer e Janssen, as doses estão chegando ao país em sistema de escalonamento. A quantidade integral deve ser entregue até o final deste ano pelos produtores dos imunizantes.

O Instituto Butantan, produz o imunizante Coronavac desde dezembro do ano passado em território nacional. O Complexo deverá ser ampliado para o desenvolvimento de um novo imunizante e para fabricar insumo farmacêutico ativo (IFA), a matéria prima para as vacinas que, atualmente, é importada da China.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é representante da vacina AstraZeneca desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford, a previsão é de que sejam entregues mais de 100 milhões de doses em julho, do imunizante feito em território nacional. A matéria prima também é importada do exterior.

Para o segundo semestre de 2021, a expectativa é que a fabricação da matéria prima no Brasil pelo Butantan e a Fiocruz dará maior ritmo à entrega dos lotes. Além disso, o país também possui um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, o Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pela vacinação em território nacional.

Para saber informações sobre as doses distribuídas e aplicadas no país e conferir como está o ritmo de vacinação no seu Estado, acesse o Vacinômetro do Ministério da Saúde.